Hoje gostaria de escrever algo,
qualquer coisa que me aliviasse a alma. Gostaria que o peso que tem, não fosse
mais que uma enxaqueca, um insignificante mau estar. Mas tu vieste ao meu
encontro Scherzinger, e eu fiquei sem jeito para raciocinar, pensar, compilar,
idealizar nexo algum em contexto de transmitir o estado em que está a minha
alma neste momento. Sabes, tu és uma ferida que não tem forma de sarar, e mesmo
que ninguém a veja, ela está ainda por se curar. Sinto os dentes a ranger
quando me distraio, meu corpo não tem posição de se deitar, quando caio no meu
leito, nem mesmo o quer, ou nem sabe o que fazer, está irrequieto, contigo no
seu pensar. Já liguei para todos os que me amam, minha Mãe e meu Pai, minhas
Manas também lhes fui perguntar, se estava tudo bem. Na chamada telefónica
perguntei, pelo Lancelot à minha Mãe, pelo nosso cão de guarda. Está idoso, e
já quase não ouve, talvez um dia me venha guardar em sonhos, nos sonhos que eu
o guardo na memória. Hoje gostaria de escrever algo, mas nada me ocorre por
outrora, nada me aborda em forma de história, o que me dá uma tremenda
tristeza, pois eu gostava que ao escrever aliviasse a mágoa, ao escrever
gostava que animasse e não me fizesse sofrer mais, pelo sofrimento que causado
um dia a ti te fizeram sofrer as minhas palavras. Triste vazio que possuo ao
descoberto, e que de todos o encubro, para que não seja visível a meu peito
aberto… Hoje gostaria de escrever algo… E em tudo me pareço analfabeto.
Perdoa-me o desabafo Sherzinger, mas só Tu me foste saudável