sábado, 13 de junho de 2020

In propri modi

Com tanta beleza em sub solo,
o que te resta a olhar o infinito?
Na imensidão do que observas,
um pouco de Ti
se esvai em penumbra por arresto.
E tudo é tão minúsculo a esta distância, tudo é tão ínfimo,
tanto é o tão pouco que te resta
e
tu nem dás por isso.
Com tanta beleza ao teu redor,
porque só na sua frieza (tanto) congelas
e parelisas?
Porque só os recantos obscuros e medonhos te recaem ao entendimento
e dão um ofuscar do que sentes?...
Com tanta beleza ao teu redor
porque
só o feio te realça ao que entendes?