domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma Cronica

                                                       Scherzinger
                 No início da primeira noite, da terceira semana de Dezembro. Scherzinger foi à beira mar por lá estar de passagem naquela emblemática costa. Mas mesmo só estando de passagem, não deixou de ir cumprimentar suas águas salgadas. Em que nesse verão se tinha banhado e deliciado, sobre um sol acolhedor. Criando à sua pele lisa e magra, uma capa rica de um bronzeado tão singular.
                 A brisa gelada congelava-lhe as cartilagens de suas orelhas, e seu narizinho (já pálido e sem o bronze desse Verão) vermelhinho, indicando a baixa temperatura no seu termómetro corporal. Suavizando com o regalo, da sensação que sentia, e o anestesiava a tal.
                Assim o sentindo, não deixou por nada de se descalçar, e arregaçar as calças até meia canela. E se encaminhar até à beira de água, que tantos horizontes lhe proporcionaram um infinito, agora estrelado.
                As águas sossegadas planavam num sossego horizontal, repousadas já a essa hora para a bonança de uma noite tranquila, assim tanto quanto se esperava.
                Ao se aproximar, banhando seus pés na beira de água, curvasse molhando e chapinhando as mãos no lençol sossegado em que estava deitado o mar. Seu rosto evocava saudade, e com as mãos em concha, levou à sua face da frescura daquele sal, tão saboreado por seus lábios naquele Verão em que por si se apaixonara.
              Qual não foi o seu espanto, quando do sossego em que planava o oceano, sobre o céu estrelado. O mar ondulou em maré, ofegante, ondinha ante ondinha, apressado a vire ao seu encontro, abraçando seus pés. Se num instante tudo era bonança, e nada se ouvia, num de repente, todo agitado, o mar fez de suas ondas seus braços e veio o saudar… Tal era também a sua saudade. 

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