Permitam-me o desabafo
Perdoe-me o silêncio
que eu me calo
à guarda do que sinto e exalto,
a musica que dentro de mim como num sobressalto
cantarola um fado,
musicalizando me a vida com poesia.
Perdoem-Me os demais
que me isolo,
no recôndito espaço
em que me calo;
Nesta musicalidade que só existe
porque a música às vezes,
têm veazes que são vezes...
Tem uma linguagem triste.
Faço minhas,as palavras que não dizes...E...Aqui podes vir consultar teus sentimentos,pois aqui eles estão como que ao relento,numa corrente de ar que docemente os acalenta,num aposento que só tu lá entraS com o teu pensamento.Sou eu decerto que os descrevo,mas és tu com toda a certeza que os sentes.Pois os sentimentos não são únicos e independentes,são de todos nós,enquanto ainda nos acreditamos ser humanamente gente. E nada disto te é dito com tristeza!!!... Arte em Rima...
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Bem-Vindo! Bem-vindas sejam as suas palavras!
ResponderEliminarUm dia, naqueles dias sem destino ou direcção, o seu blog encontro me. Ao abrir encontrei partes de mim. Afinal é essa familiaridade de sentimentos, emoções, pensamentos que tornam os escritores/poetas necessários, pois estes têm o dom de transpor essa familiaridade intrínseca a todo o ser humano, de dar vida ao nosso interior tão sublimemente. Como disse e bem: É um “Arquitecto de pensamentos e palavras (…) ;um “Humanista nos sentimentos (…)” e um “Decifrador do que se sente”.
Bem Haja a si!
Ass: Paula
Gostei bastante, gostava de ter mais palavras para exprimir o quanto gostei, espero encontrá-las um dia, até lá vou seguindo o teu blog.
ResponderEliminarAbraço
José
OLA JOÃO GOSTEI MUITO DO TEU BLOG ASSIM AQUI TE DEIXO UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O MESMO UM DOS MUITOS POEMAS QUE EU IDOLATRO POIS A VIDA EM SI JA E UM POEMA FEITO PELO FADO DE TODOS NÓS
ResponderEliminarPedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
In Movimento Perpétuo, 1956
UM BEIJINHO DA TUA COLEGA
PAULA ÁLVARO