(A decadência começa na pobreza de espírito,
o que quer dizer que se não o enriquecermos,
caimos no abismo...
Por favor,
não desças ao meu mundo,
ele não é tão lúcido quanto o aparenta ser.)
E com estas palavras iniciou o seu discurso,
poucas e pausadas
pelos seus soluços,
aguadas pelas lágrimas que se lhe espelhavam nos olhos
a distância do perto com que as citava.
Fazendo de surdo o silêncio que mencionava
a todo um redor solitário de gente que passava
e não se apercebendo não davam por nada.
Tal era a indiferença por ser um velho num farrapo
agaixado a falar para uma lata...
Onde o trilintar do cêntimo deixado pela misericórdia do transeute
lhe dava uma cantoria de alvorada,
uma alegoria à desgarrada,
uma felicidade tamanha nem à instantes calculada,
tal sinfonia numa orquesta patenteada,
luzindo num pão e na tigela de sopa quente à rua da palma...
(A pobreza começa quando a decadência chega à miséria,
e o espírito se rende à evidência,
de não calcular a fortuna tão importante riqueza,
que é a do saber...
Perdendo o saber perdeu a consciência...
O Senhor envelhecido pela fraqueza,
da lucidez já não o ser... Não o ser... Não o ser...
Pela certeza de um copo de vinho ao balcão
e não à mesa durante a refeição.
Ter sido o seu unico e lucido conhecimento)
Faço minhas,as palavras que não dizes...E...Aqui podes vir consultar teus sentimentos,pois aqui eles estão como que ao relento,numa corrente de ar que docemente os acalenta,num aposento que só tu lá entraS com o teu pensamento.Sou eu decerto que os descrevo,mas és tu com toda a certeza que os sentes.Pois os sentimentos não são únicos e independentes,são de todos nós,enquanto ainda nos acreditamos ser humanamente gente. E nada disto te é dito com tristeza!!!... Arte em Rima...
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