Poema de Miguel Torga
"Identidade
Matei a lua e o luar difuso
Quero versos de ferro e cimento.
E em vez de rimas uso
As consonâncias que ha no sofrimento
universal aberto, o meu instinto acode.
A todo o coração que se debate aflito,
é luta como sobe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito
Mas como as inscrições nas penedias
Tém maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção."
Faço minhas,as palavras que não dizes...E...Aqui podes vir consultar teus sentimentos,pois aqui eles estão como que ao relento,numa corrente de ar que docemente os acalenta,num aposento que só tu lá entraS com o teu pensamento.Sou eu decerto que os descrevo,mas és tu com toda a certeza que os sentes.Pois os sentimentos não são únicos e independentes,são de todos nós,enquanto ainda nos acreditamos ser humanamente gente. E nada disto te é dito com tristeza!!!... Arte em Rima...