domingo, 27 de novembro de 2011

Participação da Minha Colega de Turma Paula Alexandra Álvaro

Poema de Miguel Torga

"Identidade

Matei a lua e o luar difuso
Quero versos de ferro e cimento.
E em vez de rimas uso
As consonâncias que ha no sofrimento
universal aberto, o meu instinto acode.
A todo o coração que se debate aflito,
é luta como sobe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito
Mas como as inscrições nas penedias
Tém maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção."